Nunca escrevi tanto sobre um tema aqui neste blog. Mas sinto que ele tem apelo junto ao enorme público. rs. Devido às inúmeras interpretações despertadas pela palavra "mané" (e os comentários do post abaixo são testemunhos disso), vou tentar delimitar ainda mais o foco para deixar bem claro a espécie à qual eu estava me referindo. Mané, sem dúvida, tem diversas variantes, e o sentido da palavra vai se desgastando com o uso. Ficou realmente banal, sinônimo de "chato", como bem observou um amigo meu.
Eu diria mais. Mané virou também sinônimo daquele ser humano meio nerd; meio prego; meio “bobo chato feio”; ou ainda, meio sem noção. Mané também é usado com sinônimo de “otário”, “fora de moda” (pois é, essa expressão já tá fora de moda...), ultrapassado. Importante ressaltar que esta última definição é disseminada, exatamente, pelos mais autênticos da espécie mané, por esses aos quais eu prestei a homenagem (e que acham que definem o que está 'na moda'). Neste caso, a definição é pura “intriga da oposição”.
Insatisfeitos com a palavra que tão bem se aplica aos seus comportamentos, esses seres decidiram lançar sobre os outros a sua maldição. Mas não cola não.
O Mané do qual eu falava, o manezão mesmo... o que ele guarda de específico em relação aos demais é o fato de não nutrir qualquer espécie de sentido de... gentileza, de consideração em relação ao próximo. O verdadeiro mané, símbolo maior de nosso século XXI, é antes de tudo um individualista.
O malandro de ontem talvez tenha se tornado o mané de hoje. Mas acontece que o malandro de ontem (que ainda existe por aí) é cheio da ginga, é aquele conquistador que não esconde o fato de ser um conquistador. É aquele cara que, dentro da sua malandragem, joga limpo. Digamos que na fila do banco ele cederia o lugar para a velhinha, (quem sabe para o velhinho), para a grávida ou para a moça.
O malandro de ontem é, antes de tudo, um amante das mulheres. Em situações de conflito, ele daria um jeito de sair ileso (mas torcendo muito para não prejudicar ninguém).
O Mané de hoje, ao contrário, é antes de tudo um amante de si mesmo. Se você for investigar a vida dele, notará que não se dá bem com o sexo feminino (a começar com a mãe, a irmã ou a avó). Podendo salvar a própria pele, ele salva. E não quer nem saber o que aconteceu com a “sociedade” à sua volta.
Acho que tá aí a diferença. Eu proponho a volta do malandro!
Eu diria mais. Mané virou também sinônimo daquele ser humano meio nerd; meio prego; meio “bobo chato feio”; ou ainda, meio sem noção. Mané também é usado com sinônimo de “otário”, “fora de moda” (pois é, essa expressão já tá fora de moda...), ultrapassado. Importante ressaltar que esta última definição é disseminada, exatamente, pelos mais autênticos da espécie mané, por esses aos quais eu prestei a homenagem (e que acham que definem o que está 'na moda'). Neste caso, a definição é pura “intriga da oposição”.
Insatisfeitos com a palavra que tão bem se aplica aos seus comportamentos, esses seres decidiram lançar sobre os outros a sua maldição. Mas não cola não.
O Mané do qual eu falava, o manezão mesmo... o que ele guarda de específico em relação aos demais é o fato de não nutrir qualquer espécie de sentido de... gentileza, de consideração em relação ao próximo. O verdadeiro mané, símbolo maior de nosso século XXI, é antes de tudo um individualista.
O malandro de ontem talvez tenha se tornado o mané de hoje. Mas acontece que o malandro de ontem (que ainda existe por aí) é cheio da ginga, é aquele conquistador que não esconde o fato de ser um conquistador. É aquele cara que, dentro da sua malandragem, joga limpo. Digamos que na fila do banco ele cederia o lugar para a velhinha, (quem sabe para o velhinho), para a grávida ou para a moça.
O malandro de ontem é, antes de tudo, um amante das mulheres. Em situações de conflito, ele daria um jeito de sair ileso (mas torcendo muito para não prejudicar ninguém).
O Mané de hoje, ao contrário, é antes de tudo um amante de si mesmo. Se você for investigar a vida dele, notará que não se dá bem com o sexo feminino (a começar com a mãe, a irmã ou a avó). Podendo salvar a própria pele, ele salva. E não quer nem saber o que aconteceu com a “sociedade” à sua volta.
Acho que tá aí a diferença. Eu proponho a volta do malandro!
A volta do malandro
(Chico Buarque)
(Chico Buarque)
Eis o malandro na praça outra vez
Caminhando na ponta dos pés
Como quem pisa nos corações
Que rolaram nos cabarés
Entre deusas e bofetões
Entre dados e coronéis
Entre parangolés e patrões
O malandro anda assim de viés
Deixa balançar a maré
E a poeira assentar no chão
Deixa a praça virar um salão
Que o malandro é o barão da ralé
2 comentários:
Aaaah... Agora sim. hehehe Aí, eu não sou mané. hgehehee
Mané bom só teve um. Pelo menos bom de bola: Mané Garrincha. Apesar de ter nascido numa roça, num lugar de nome horrível,fez sucesso e também um filho na Suécia.
Os demais... nem Freud explica.
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