Atualmente ando fazendo umas metáforas bem ao estilo do nosso Lula. Imagina aquela pessoa que te arranca o braço e em seguida pede a sua mão? Ou alguém que te despeja uma hostilidade do porte de um elefante e, em seguida, vem com um amendoinzinho dizendo que é o arrependimento?
Pedido de perdão não faz o tempo voltar atrás.
Para certas dores, não adiantam palavras, reconhecimentos tardios. Só mesmo o tempo. Certas feridas só cicatrizam no escuro, no silêncio, e na solidão.
Às vezes memórias ruins somem com as cinzas. Às vezes não.
Imagine o que restou da cidade após a explosão da bomba de Hiroshima... Depois da reconstrução, será que a dor se extinguiu?
Eu perdôo a humanidade, da qual faço parte.
Sei que para evoluirmos precisamos errar, sentir a dor dos outros, e sobretudo as nossas, provocadas por nossa própria limitação.
O cara que soltou a bomba no Japão, para sentir o perdão de cada uma das vítimas e de suas famílias teria que, antes, verdadeiramente, arrepender-se. E perdoar-se.
Morreu louco. Ou já era louco?
À cada um, cabe o peso sentido de seus próprios gestos.
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