quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Não sou eu quem me navega quem me navega é o mar...



Todos nós temos várias personalidades em uma só. Ultimamente tenho parado para prestar mais atenção na multiplicidade que reside em cada ser humano. Você já deve ter topado por aí com aqueles caras aparentemente super sensíveis, que escrevem poesia e amam Literatura, mas que ao primeiro sinal de estresse viram homens das cavernas, falam impropérios e ficam realmente rudes... Ou, ao contrário: aquelas pessoas aparentemente desprovidas de qualquer caldo de sensibilidade que, inesperadamente, iluminam seu dia com um gesto, uma palavra. E te dão a mão quando você menos espera... Eu mesma já devo ter surpreendido, nos meus momentos de cansaço e mau humor, quem me considera 100% Julinha tranqüila. Dependendo do momento e da forma como o estresse foi ocasionado, já me vi subindo nas tamancas e agindo como uma "Auditora" oficial da nação. Como boa virginiana, nessas horas potencializo meu lado analítico, e ataco o "oponente" com surpreendente, impiedosa (e também aparente) racionalidade... Vai dizer que você nunca se surpreendeu com as outras faces de si mesmo? O incrível é que a gente adota, ao longo da vida, apenas uma de nossas facetas como se fosse a soberana. Por hábito, preguiça, ou mesmo predileção, é comum a gente se esquecer que existem diversas outras dimensões nossas, doidinhas para aparecer. Prestes a emergir deste oceano de mistério que somos cada um de nós...


4 comentários:

Anônimo disse...

É realmente interessante como a sabedoria não seja privilégio de ninguém; nem dos antigos e renomados filósofos ou mesmo de sábios da mais remota antigüidade.
Eles, após muitas horas de profunda meditação (pelo menos é o que imaginamos) chegaram a exatamente, a mesma conclusão que você, num piscar de olhos, chegou.
A crua e nua conclusão que somos, potencialmente, bons e ruins, somos dotados dos mais nobres aos mais rudes sentimentos. É como tivéssemos dois cães, um manso e outro selvagem; o mais alimentado é que cresce mais.

Fabricio Vinhas disse...

"Deixa o barco navegar/Bom marujo não mareia!" (citando Zorba devagar)

Anônimo disse...

Julinha!
Deu um tempo da escrita?
Continue, continue, continue!
Bjsssss

Troiana disse...

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