
Acontece que o anjo nem sempre tem razão. Faz bem a gente sentir o coração batendo mais forte. Mas se a afetividade do outro “ser” não corresponde à sua, saia correndo!
Experimente fazer como o personagem de Tom Hanks em "Forrest Gump": simplesmente, corra. Ainda que, a princípio, sem direção. Encha os pulmões de ar, reze uma novena, medite enquanto corre. E siga correndo.
Mulheres têm por vezes um estranho gosto pelo papel de psicóloga. Mas, francamente: a profissão é desgastante e, fora do consultório, não traz qualquer recompensa.
Outro tipo de encruzilhada é a que se trava entre um ser humano comunicativo, que gosta de falar sobre o que sente, e outro que não sabe sequer o que sente, que muda a cada segundo, e não tem interesse em se fazer compreender (nem mesmo em se compreender). Para onde vai este diálogo? Existe diálogo? Ruído permanente.
Não adianta. Antes de se perguntar quem é o “outro” que te acompanha, pergunte a si mesma: quem é você? Com que tipo de “outro” deseja andar? E para onde deseja andar?
Eu aprecio as verdadeiras relações. Adoro trocar, me comunicar, me fazer entender. Buscar compreender. Portanto, se o barato da “figura” não é esse... fuja! E exercite o que um ex namorado meu (já que estávamos falando deles no post abaixo) me recomendou outro dia: emitir o famoso f.....da-se!
Sentir raiva faz muito bem. Em certos momentos é libertador.
Os anjos no fundo sabem que o nosso afeto a gente só deve endereçar a quem realmente merece. E se o mundo carece de afeto (ah, tão pouco afeto no mundo...) problema dele! Para merecer o seu, é preciso continuar merecendo. Diariamente. Constantemente. Permanentemente.