Aconteceu outro dia na Avenida Rio Branco a “Passeata dos sem namorado”, que reuniu cerca de 400 pessoas, de todos os credos, raças e idades. No discurso dos manifestantes, nota-se a ânsia por encontrar aquela delicada serenidade experimentada quando nos sentimos amorosamente ligados a outro individuo. Algumas amigas minhas “tacaram pedras” na manifestação: “coisa de gente que não tem o que fazer”, “o fim da picada”. Já eu não vejo problema no fato dessas pessoas terem se juntado e feito uma caminhada pelo centro da cidade em plena luz do dia. Ao menos se reuniram para dividir publicamente certa aflição que vejo presente aqui e acolá, no discurso de muitas mulheres e de alguns homens.
Quaisquer que tenham sido as reais motivações para o surgimento daquela aglomeração - credulidade, falta do que fazer, pobreza de espírito, vontade de aparecer, ou genuína curtição – eu aprovo. Achei a idéia uma farra. Aprecio movimentos e manifestações, embora seja um pouco triste o cenário que os motiva a existir. Não estou "em busca de um namorado", e acho engraçado quando acontece de algumas pessoas se dirigirem à categoria dos “solteiros” como se tudo o que precisassem na vida fosse de um “par”. Não acho, no fundo, que a passeata seja por namorados(as). Talvez, um manifesto em prol dos relacionamentos. Amizade, para mim, é a espécie de relação mais importante de todas. Se tivéssemos hoje em dia, em lugar dessas “ficadas, rolos e pegações” a velha e boa amizade colorida.. Vejam que diferença! Na década de 60/70, usavam esta bela palavra, e ela ainda vinha seguida de “colorida”.. Hoje em dia... Cadê a amizade? Cadê colorida?
Vejo homens e mulheres se achando super contemporâneos quando na verdade o que fazem é seguir normas de um padrão que diz: tenho pavor de compromisso, tenho horror à relação, não se aproxime demais que eu te deleto! Gostaria de saber quando foi que a palavra compromisso deixou de significar afeto, cuidado com o outro, para significar apenas um manto de obrigações chatas e e cobranças. Compromisso a gente tem com quem a gente gosta, não apenas com marido e mulher, namorado e namorada. É sair um pouco de si e pensar: será que fui sincera(o) quando disse aquilo? Será que agindo assim estarei sendo mané? Relacionamento para mim é troca, é soma. Não tem simplesmente aquele sentido de "comecei um relacionamento". Portanto eu decreto, em alto e bom som, sem medo de ser piegas e deixando de lado a hipocrisia: Eu quero me relacionar! Eis meu manifesto singelo e individual, mas não menos barulhento. Claro, não é qualquer um ou qualquer uma que terá o privilégio da minha emoção. Para alguns, a amizade, para outros, um olhar de empatia, ou ainda minha reprovação. Mas não passo a vida indiferente. E acho que muito mais importante do que um(a) namorado(a) nessa vida é a gente não perder jamais o frescor de sair por aí sem eira nem beira, deliberando seja o que for em movimentos e caminhadas.
Muitas vezes, um namorado até atrapalha...Mas relação de verdade, nunca é demais.
Quaisquer que tenham sido as reais motivações para o surgimento daquela aglomeração - credulidade, falta do que fazer, pobreza de espírito, vontade de aparecer, ou genuína curtição – eu aprovo. Achei a idéia uma farra. Aprecio movimentos e manifestações, embora seja um pouco triste o cenário que os motiva a existir. Não estou "em busca de um namorado", e acho engraçado quando acontece de algumas pessoas se dirigirem à categoria dos “solteiros” como se tudo o que precisassem na vida fosse de um “par”. Não acho, no fundo, que a passeata seja por namorados(as). Talvez, um manifesto em prol dos relacionamentos. Amizade, para mim, é a espécie de relação mais importante de todas. Se tivéssemos hoje em dia, em lugar dessas “ficadas, rolos e pegações” a velha e boa amizade colorida.. Vejam que diferença! Na década de 60/70, usavam esta bela palavra, e ela ainda vinha seguida de “colorida”.. Hoje em dia... Cadê a amizade? Cadê colorida?
Vejo homens e mulheres se achando super contemporâneos quando na verdade o que fazem é seguir normas de um padrão que diz: tenho pavor de compromisso, tenho horror à relação, não se aproxime demais que eu te deleto! Gostaria de saber quando foi que a palavra compromisso deixou de significar afeto, cuidado com o outro, para significar apenas um manto de obrigações chatas e e cobranças. Compromisso a gente tem com quem a gente gosta, não apenas com marido e mulher, namorado e namorada. É sair um pouco de si e pensar: será que fui sincera(o) quando disse aquilo? Será que agindo assim estarei sendo mané? Relacionamento para mim é troca, é soma. Não tem simplesmente aquele sentido de "comecei um relacionamento". Portanto eu decreto, em alto e bom som, sem medo de ser piegas e deixando de lado a hipocrisia: Eu quero me relacionar! Eis meu manifesto singelo e individual, mas não menos barulhento. Claro, não é qualquer um ou qualquer uma que terá o privilégio da minha emoção. Para alguns, a amizade, para outros, um olhar de empatia, ou ainda minha reprovação. Mas não passo a vida indiferente. E acho que muito mais importante do que um(a) namorado(a) nessa vida é a gente não perder jamais o frescor de sair por aí sem eira nem beira, deliberando seja o que for em movimentos e caminhadas.
Muitas vezes, um namorado até atrapalha...Mas relação de verdade, nunca é demais.