domingo, 12 de junho de 2011

Dia do Beagle - 12 de junho - viva o Amor!



Muito me alegra acabar de ler o artigo de um bem humorado colunista que nos informa ser hoje também o Dia do Beagle, o Dia da Rússia e o Dia de Santo Onofre, um eremita que viveu mais de 60 anos no deserto. O que importa neste 12 de junho é lembrar a importância do amor. Sim, por mais piegas e lugar comum que isso possa parecer, o amor ao Beagle, à Rússia, à solidão, devem ser celebrados, não apenas hoje, mas sempre. O amor é lindo, ele move o mundo, etc... Criaram um dia para comprarmos mercadorias em nome deste sentimento tão nobre. Dane-se a data, que ela nos faça valorizar e estimar ainda mais o Amor em seu sentido mais amplo – que anda a cada dia mais multifacetado e colorido.

A propósito, sobre o tema do amor multifacetado e colorido, assisti recentemente a uma entrevista do cartunista Laerte, que assumiu a porção mulher que até então se resguardara, como sendo a “porção melhor que guarda em si agora”. Para quem não sabe, Laerte tem filhos, passou a maior parte de seu tempo nesta Terra como um homem e, recentemente, decidiu se travestir de mulher, num gesto de extrema coragem e ousadia. Ponto para ele – que está redescobrindo o Amor.

Ainda “a propósito”, um filme interessante em cartaz, que tematiza o lugar do feminino e do masculino por meio de uma deliciosa ironia, é “Potiche: Esposa Troféu”, protagonizado pela Catherine Deneuve. Embora ambientado na década de 70/80, o filme traz à tona uma reflexão bastante atual. Sobre o amor em seu sentido mais abrangente, como descoberta do mundo, da política, de si (nós) mesmo(s).

Enquanto vejo muita gente reclamando da falta de amor, ando em um momento oposto. Como o ser humano é interessante! Como a vida é interessante!

Se você não teve a quem dar um presente, compre-o para si mesmo. Ou para o seu cão. Compre um mapa-mundi, localize a Rússia - ou qualquer outro país - e pendure-o na parede da sua casa. Isso nos ajuda a ter a dimensão da amplitude da vida, do espaço, e da pequenez de nossas angústias cotidianas. Enamorar-se é ver a vida de outra forma. E por que precisamos de alguém do sexo oposto – ou do mesmo sexo – para nos provocar esta sensação de maravilhamento diante do mundo?

Se você não (re)descobriu o Amor, faça como a personagem de Deneuve no filme: por mais estranha que possa andar a vida, preste bastante atenção no que te faz cantar: “C’est beau la vie!”.

Sim, a vida é bela! Neste "Dia do Beagle", acredite: não é preciso ninguém em especial para que possamos nos lembrar disso.

4 comentários:

carla rosa disse...

é isso juju!
amar é uma arte, improvisação diária...
se conhecer e estar disponível pra vida e a tudo que ela nos apresenta.
compartilho este estado de liberdade boa, de felicidade simples.
"...tinha que respirar todo dia..."
beijos amiga

Anônimo disse...

Ótimo texto...

Hoje em dia, a vida está tão corrida, assoberbada e cronometrada, que estamos fazendo tudo com planejamento, hora marcada. Um bom exemplo são estas "datas especiais". Dia dos namorados é o momento de dar um presente, levar o seu amado (a) para um restaurante romântico.

Pronto...É o dia marcado pra ser carinhoso.

Acabou-se o dia: pra quê dar um presente?? pra quê ir a um restaurante? pra quê flores?? É data marcada para amar... O resto do ano: vale briga, ciúmes, cobrança, grosseria...

Enfim, as pessoas estão perdendo o senso crítico e já fazem coisas que nem sabem o porquê. Parecem hipnotizadas pelas obrigações de datas que algum esperto criou para no fundo aumentar o consumo, e pior, por essa vida louca,sempre correndo contrs o tempo. E continuamos sem tempo de vivê-ls.

Beijão amiga

teoriasrabugentas disse...

Julia... não sei se foi a intenção. Mas o Laerte, pelo que sei, não está redescobrindo o amor por um lado colorido. ehehehe Ele entrou numa de crossdresser... Ele tem uma namorada - mulher - que o ajuda a escolher roupas. Acho que não é uma nova forma de amar... é maluquice mesmo. ahahahahahaha (a namorada dele, se não me engano, é a mesma de antes dele começar a se travestir)

Isabel Cassano disse...

Adorei o texto, Julia! Viva o amor, a vida!!!! Bjos