quarta-feira, 25 de maio de 2011

Paul para presidente!


Ele sorri para o povo, faz questão de chamar os integrantes de seu eleitorado pelo nome, agradece a todos que participaram da campanha, não poupa esforços para oferecer aos outros o melhor de si, sua a camisa e parece incansável. No rosto, a gente ainda enxerga o mesmo menino que, há algumas décadas, representava o sonho de uma multidão de jovens e adolescentes. Como Paul MacCartney “manda bem”! E faz isso tudo acreditando, profundamente acreditando. Talvez por isso, nos faça acreditar.

Comanda, hipnotiza, com uma suavidade e espontaneidade que faz velhinhos e crianças erguerem os braços, entoando: “I wanna hold your hand”.

Eu não era fã de Paul. Sempre gostei dos Beatles, mas ele, particularmente, me passava uma impressão de ser muito politicamente correto, comportadinho. Que nada. No Engenhão, me rendi ao bom comportamento, ao humor e à receptividade deste eterno garoto de Liverpool. Guiados pelas mãos e pela voz dele, a gente viaja no tempo, e percebe como são raras - e preciosas - as estranhas combinações do acaso - ou destino? - que nos brindam vez em quando com talentos como os Beatles, e o MacCartney.

Quero que Paul administre meu condomínio, faça parte da minha associação de bairro, governe a minha cidade, tome conta do meu estado, presida o meu país. As credenciais que o habilitam ao cargo não têm a ver com o fato de advogar em favor dos direitos dos animais, ser contra minas terrestres ou adepto da comida vegetariana e da educação musical. Nem com o fato de empunhar nossa bandeira e dizer, em quase bom português, "eu sou carioca".

Quero tudo isso talvez porque Paul ainda nos faça - no melhor sentido da palavra - cantar. Com ele, cantamos e cremos, de coração e em coro com Lennon: "All we are saying is give peace a chance" e "All you (we) need is love"...

Paul sabe reger, compor, (nos) tocar, ser. Por meio da música, nos faz vislumbrar outras tantas realidades, em que acordes tristes viram coisas tão belas. Hey Paul... Fenômenos como este a gente nem tenta explicar: apenas reverencia.

2 comentários:

Aninha disse...

Ju,

também voto no Paul para Presidente!!
Amei o que você escreveu!! Queria que nossos políticos conhecessem seu blog!

Ah, e amei o show, ver o mesmo Paul que você viu!

teoriasrabugentas disse...

sensacional... Isso eu também achei.
Deu orgulho de ter crescido ao som dele. Sempre taxado como o lado fraco da dupla... Porque Lennon tinha mais força. Mas, na verdade, não existe dupla se não forem dois. Não existiria o grupo, se não fossem os quatro. E ele não estaria fazendo show aos 69 anos, se não transbordasse carisma e talento.