Alan, meu amigo leitor, sempre me insufla a escrever mais e mais com seus comentários... Vamos lá! Lendo o seu comentário no post anterior, caríssimo Hallan's, e relendo meu post anterior, deu vontade de voltar ao tema. A separação, no meu ponto de vista, é um "eterno retorno". A gente se separa para se aproximar, eis o paradoxo. A escrita, por exemplo, que cá embaixo eu digo ser uma tentativa de se separar do "todo" ... não deixa de ser, ao mesmo tempo, uma tentativa de aproximação, de compreensão, de formar um elo.
O fato de "cortar o cordão umbilical" não significa que vamos deixar de estar, pelo resto de nossas existências, inexoravelmente ligados aos nossos pais, antepassados, etc. Mas, imagina se não houvesse este corte, imagina se a gente andasse por aí sendo arrastado mundo afora pela barriga da nossa mãe... Seriamos um com ela, e não seriamos ninguém...
Imagina um mundo onde todos sofram as mesmas dores, com a mesma intensidade... Quem poderia ter força para levar a marcha adiante, apontar outros caminhos, ou mesmo dar alento aos que mais precisam? Penso mais ou menos por aí... Se você tem depressão e eu me afogo na sua depressão, como poderei te ajudar? A gente só pode ir ao encontro do outro se tivermos equilíbrio interno e serenidade para ajudar o outro, sendo um com ele, e permanecendo, ao mesmo tempo, inteiro. Isso em certa medida, é claro. Tem vezes que a gente realmente não quer e não deve e não consegue se separar de nada.
O que digo vale não apenas para o sofrimento, mas para tudo: chatice alheia, felicidade que vem dos outros... Por exemplo: chatice... Se a gente absorve a alheia, cadê tolerância para lidar com "a" "o" chata(o)? Pode ser apenas um momento chato... É uma diferença sutil, mas como uma vez bem observou meu amigo Fabrício: “o sutil pode ser muito... opressor”.
O fato de "cortar o cordão umbilical" não significa que vamos deixar de estar, pelo resto de nossas existências, inexoravelmente ligados aos nossos pais, antepassados, etc. Mas, imagina se não houvesse este corte, imagina se a gente andasse por aí sendo arrastado mundo afora pela barriga da nossa mãe... Seriamos um com ela, e não seriamos ninguém...
Imagina um mundo onde todos sofram as mesmas dores, com a mesma intensidade... Quem poderia ter força para levar a marcha adiante, apontar outros caminhos, ou mesmo dar alento aos que mais precisam? Penso mais ou menos por aí... Se você tem depressão e eu me afogo na sua depressão, como poderei te ajudar? A gente só pode ir ao encontro do outro se tivermos equilíbrio interno e serenidade para ajudar o outro, sendo um com ele, e permanecendo, ao mesmo tempo, inteiro. Isso em certa medida, é claro. Tem vezes que a gente realmente não quer e não deve e não consegue se separar de nada.
O que digo vale não apenas para o sofrimento, mas para tudo: chatice alheia, felicidade que vem dos outros... Por exemplo: chatice... Se a gente absorve a alheia, cadê tolerância para lidar com "a" "o" chata(o)? Pode ser apenas um momento chato... É uma diferença sutil, mas como uma vez bem observou meu amigo Fabrício: “o sutil pode ser muito... opressor”.